A força de um ser humano reside
em sua fraqueza. Com esse teor bíblico começo minha exposição sobre a
necessidade de sacudirmos da vida os “demônios” que nos afligem e nos
atormentam diariamente nos fortalecendo na autoafirmação, autossuficiência, no
egocentrismo, na grandeza de nossas realizações. Esses demônios estão
internamente ligados a nós. Eles de uma forma muito sutil sopram palavras
motivacionais, propostas encantadoras e a certeza de vitória no que for
empreendido, seja na área profissional, familiar, sentimental, sexual,
relacional, mantendo-se o aparente sucesso. Esse negócio de um espinho na
carne, de uma pedra no sapato talvez não seja do interesse deles. Isso na
verdade afasta as pessoas do tão almejado “sucesso” a todo custo, do mundo
business. Externamente eles utilizam-se do sistema; dos maquiavélicos aparatos
da sociedade manipuladora, consumista e do poder, um atrativo que corrompe
facilmente. Ainda sob a forma de prazer instantâneo, a adoração ao corpo, o
sexo descompromissado, a entrega a vários parceiros ou parceiras tem feito um
estrago enorme na vida do ser humano. A pornografia
em toda a sua extensão maléfica tem destruído e minado a moral, a ética, o
respeito, produzindo famílias desestruturadas. Todos esses malefícios citados e
muitos outros enfraquecem o ser humano. A questão é: até que ponto esse ser
humano considera-se fraco e reconhece suas fraquezas?
Quão poderosa é à força de Deus
em nós quando reconhecemos nossos erros, nossa podridão, nossa limitação. Sua graça
se manifesta e se evidencia claramente quando evitamos a presunção, quando
evitamos comandar nossa própria vida. Contudo se manifesta extraordinariamente
quando compreendemos o seu amor por nós, mesmo sendo pecadores e miseráveis, mesmo
não tendo nada a oferecer, mesmo sendo somente “pó”, mesmo em meio a todas as
fraquezas, Ele nos amou e ama. Oferece-nos a chance, através de sua Graça, de
continuarmos a vida com as lutas internas, com as lutas externas, com o pecado
que tenazmente assedia, com a vida aqui que é uma bagunça, com as crises, com
os demônios que estão à espreita, enfim, com o espinho na carne, para que não
nos esqueçamos de que somos dependentes inteiramente Dele e é vital reconhecermos
quem somos e quem Ele é. Afinal, Ele sabe de todas as coisas e conhece tudo.
Como haveríamos de enganá-lo?
Denn