domingo, 18 de abril de 2010

O VALOR


A inversão de valores na vida do ser humano é algo inescrupuloso. A problemática está no merecimento dado as coisas que se tem, no apego a elas mais do que o normal em detrimento de outro ser humano. Analise comigo: compra-se uma TV ou qualquer outro produto, bem, imóvel e não procura-se primariamente nele o que não funciona. O interesse é na verdade no seu potencial, naquilo que ele pode oferecer, o que ele tem de melhor. Em relação as pessoas, muitas vezes é o contrário: não há uma preocupação em ver o potencial delas, mas sim em primeiríssimo lugar seus defeitos. Fala-se mal, visualiza-se os erros, defeitos físicos, tudo o que não é agradável ou só aquilo que interessa. São vários os fatores que levam a essa nossa ponderação.
Primeiro, o "amor" fingido. Ama-se procurando agradar enquanto se está junto com a pessoa, por causa do reconhecimento, da "amizade". Na verdade por trás fala-se mal "até pelos cotovelos".
Segundo, o "amor" condicional. Ama-se desde que haja retorno do que está sendo oferecido. Na verdade é o tal do "algo em troca"!
Por último, o amor aos bens materiais. Quanta desigualdade social, discriminação, exclusão e pobreza há por causa do apego e valorização da riqueza. O ser humano tem se tornado um lixo para muitos.
Portanto, tudo leva a questão do quanto o outro pode me servir e não quanto posso ser útil na vida do meu próximo, de que maneira posso serví-lo, como posso contribuir para vê-lo usando seu dom, vocação, potencial para seu benefício e daqueles que estão ao seu redor.
O olhar amoroso visando o aperfeiçoamento do próximo, seu crescimento, suas possíveis habilidades, sua importância e contribuição para a humanidade, fará toda a diferença e dará oportunidade para ele fazer o mesmo com outra pessoa.
Pelo menos é assim que deveria ser!

Denn