sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A começar em mim



É inadmissível o ser humano viver sem a Graça de Deus! Portanto, é necessário vivê-la e instar, pregar dela enquanto se tiver fôlego de vida. Esse é meu papel. Extraí aqui alguns trechos do livro Maravilhosa Graça (Philip Yancey): "Uma prostituta veio falar comigo em terríveis dificuldades, sem lar, doente, incapaz de comprar comida para si e para a filha de dois anos de idade. Entre soluços e lágrimas, contou-me que estivera alugando sua filha - de dois anos de idade! - a homens interessados em sexo pervertido. Ela ganhava mais alugando sua filha por uma hora do que poderia ganhar ela ela mesma em uma noite. Tinha de fazê-lo, dizia, para sustentar o vício das drogas. Eu mal aguentava ouvir a sua sórdida história. Havia outra coisa, eu me sentia legalmente responsável - tenho de denunciar casos de abuso contra crianças. Mas naquele momento eu não tinha idéia do que dizer àquela mulher.

Finalmente, perguntei a ela se nunca havia pensado em ir a uma igreja para pedir ajuda. Nunca me esquecerei do olhar assustado que perpassou seu rosto. 'Igreja!', exclamou ela. 'Por que eu iria a uma igreja? Eu já me sinto terrível o suficiente. Eles vão fazer que eu me sinta ainda pior." Ele continua: "O que me feriu na história de meu amigo é que mulheres muito parecidas com essa prostituta procuraram Jesus, não fugiram dele. Por pior que uma pessoa se sentisse a respeito de si mesma, ela sempre procurava Jesus como um refúgio."

O amor de Cristo, em sua Graça, nos constrange a amar e a sermos graciosos! Mas infelizmente, o que mais se vê é o indicador apontando os erros, a falta de perdão, a acusação terrível e sem misericórdia e o apedrejamento espiritual em palavras que mata a pessoa! Esse papel já tem dono na história: satanás! Eu e você (que já aceitou a Graça e entendeu o Amor de Cristo, que o plano de salvação faz sentido) somos responsáveis pelas vidas que ainda precisam da Graça. Afinal, a igreja somos nós! Ou você pensa que é aquele prédio que você frequenta, ritualísticamente ou não, todo domingo, é a igreja? Nosso verdadeiro ministério é o amor! Amar ardentemente, sinceramente, autenticamente, genuinamente, com todo o fervor a Deus e, segundo o apóstolo João, esse amor é demonstrado em atitudes amando meu próximo. Amar é aceitar o meu próximo como a mim mesmo. Termino com um outro trecho do livro com uma frase do médico suíço Paul Tournier: "Não consigo estudar com você este sério problema da culpa sem levantar o fato óbvio e trágico de que a religião - a minha própria como também a de todos os crentes - pode esmagar em vez de libertar".

É de se pensar!


Denn
Servo do Senhor Jesus Cristo chamado para proclamação do Evangelho da Verdade